Iniciação ao álcool
Geralmente, o primeiro contacto do jovem com o álcool sucede no agregado familiar, intrinsecamente relacionado com os hábitos de consumo dos progenitores.
O primeiro impacto com as bebidas alcoólicas pode surgir entre os 4 e 5 anos, associado à alegria das festividades ou, por outro lado, à alcoolização dos pais. A partir dos 10 anos a criança torna-se, por vezes, consumidora, frequentemente devido à conotação social positiva do acto. A sociedade associa ao álcool êxito, poder, glória, alienação e comunicação, tendo-se, portanto, revestido, no decorrer dos tempos, de mística e valor social.
O consumo tornado hábito
Outra das faixas etárias cruciais no período que se segue à iniciação, situa-se nos 14 anos. As bebidas alcoólicas associam-se a preconceitos enraizados na cultura nacional e que atribuem às bebidas alcoólicas capacidades como: aquecimento, divertimento e poder saciante.
Os amigos e companheiros substituem a influência dos pais, sendo que, nos novos grupos, álcool é sinónimo de maturidade e libertinagem.
Da festa à embriaguez
As bebidas alcoólicas constituem, actualmente, rituais que simbolizam, para os adolescentes a união, a celebração efusiva, acompanhada, por vezes, de cânticos e diálogos fervorosos.
Embriaguez – Partida e regresso
O álcool, além do carácter festivo, pode ainda ser a escapatória para problemas e vicissitudes do quotidiano.
Nesta etapa, a bebida alcoólica serve propósitos semelhantes aos psicotrópicos, propiciando a alienação ou fuga à realidade. Desta forma, o jovem ambiciona a atenuação dos problemas, uma falsa sensação de bem-estar.
No entanto, os efeitos que se seguem são claramente adversos, propiciando, muitas vezes, a procura de soluções rápidas como o suicídio, o regresso ao álcool ou, com menos frequência, a abstinência total.